AVENIDA FERNANDES LIMA: antes, hoje e futuramente
A fonte histórica que velho tratar neste trabalho data de 26 de setembro do ano de 1993, que mostra a Avenida Fernandes Lima, esta avenida é mais movimentada da cidade de Maceió, porque todos os dias milhares de pessoas transitam nela para ir trabalhar, estudar, descer para o centro da cidade, subir para ir à Universidade Federal de Alagoas ou mesmo para ir ao aeroporto, pois bem é por meio desta avenida que os maceioenses se locomovem diariamente.
A foto mostra Avenida Fernandes Lima em uma época que não tinha tantas pessoas residindo na cidade de Maceió, e que portanto o trânsito era bem tranquilo. Esta é uma realidade que infelizmente não vemos mais na cidade, pois devido ao crescimento econômico e populacional a cidade inchou e consequentemente esta avenida tornou-se quase inviável nos momento de pico que é 6hs às 7hs, 12hs e das 17hs às 19hs.
O crescimento econômico da cidade ocorreu principalmente devido a vinda de grandes redes de supermercados e também do aumento de bens e serviços do setor terciário. Maceió, atualmente conta com dois grandes Shopping Center situados em pontos estratégicos e de grande circulação da população, mas já existe um projeto para a construção de mais um; temos também grandes lojas, academias, espaços de lazer diversificados, lanchonetes, bares, boates, restaurantes, enfim uma rede comercial que não para de crescer.
Mas quem foi Fernandes Lima? Fernandes de Barros Lima, é natural de Passo de Camaragibe, nasceu em 1868, formou-se pela Faculdade de Direito do Recife, exerceu a advocacia durante um tempo, mas apesar da bem-sucedida carreira jurídica, ele preferiu a política. Foi governador de Alagoas em 1918, e reeleito em 1924, além disso foi senador, deputado federal e estadual, exercendo mandatos entre 1892 e 1930, faleceu em 1938, passando da vida para a eternidade.
Existe um projeto em andamento na Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito de Maceió- SMTT, o representante da SMTT Sr. José Moura apresentou a proposta que tem como intuito a implantação do Veículo Leve sobre Trilho- VLT na Avenida Fernandes Lima, Moura disse que as obras devem ser concluída antes da Copa do Mundo de 2014. Abaixo uma imagem que mostra como ficará a Avenida Fernandes Lima depois das obras para instalação do VLT:
A fonte histórica é um excelente recurso didático pedagógico quando bem planejado e utilizados nas aulas de história, podemos aqui ressaltar sua grande significância para problematização do passado e compreensão do presente. As fontes históricas ocupam lugar de grande destaque no PCNs da área de História como nos mostra Caimi( 2008, p. 141):
[...] Os PCNs apresentam diferentes exemplos, que compreendem tanto os registros escritos, quanto os expressos por meio de sons, gestos e imagens, a saber, filmes, músicas, gravuras, artefatos, edificações, fotografias, pinturas, esculturas, rituais, textos literários, poéticos e jornalísticos, anúncios, processos criminais, registros paroquiais, diários, arquivos familiares, dentre outros não nomeados aqui. [...] Quanto ao uso de tais documentos/ fontes em sala, há importante indicações metodológicas que preconizam o papel ativo do estudante nos procedimentos de compreensão e interpretação. Mais do que objetos ilustrativos, as fontes são trabalhadas no sentido de desenvolver habilidades de observação, problematização, análise, comparação, formulação de hipóteses, crítica, produção de sínteses, reconhecimento de diferenças e semelhanças, enfim, capacidades que favorecem a construção do conhecimento histórico numa perspectiva autônoma.
Dentro desta perspectiva metodológica do trato pedagógico dado as fontes históricas podemos dá ênfase ao papel do aluno como sujeito crítico e ativo em todo o processo de ensino-aprendizagem, sendo assim as fontes históricas tornam-se instrumentos mediadores da aprendizagem.
Ressalto também aqui neste trabalho a fotografia que utilizei, no qual mostra uma via de acesso que atualmente é a mais movimentada da capital alagoana, mas nem sempre foi assim. O uso da fotografia como fonte histórica nas aulas de história é de primordial importância para o estudo e entendimento do meio do qual fazermos parte com sujeitos e cidadãos. Priore revela tal importância:
Hoje, um fato é incontestável: a fotografia, em suas múltiplas formas, se afirma cada vez mais como um modo de expressão, de informação e de comunicação, íntegra, essencial e específica. [...] Mas como toda a forma de arte e de literatura, como todo o texto, a imagem fotográfica só existe plenamente se for investida por um leitor que lhe dê uma interpretação, operando desta maneira, uma re-criação, uma re-escritura. Tal valor agregado é igualmente tributário de um contexto no qual a fotografia é olhada e lida. Uma mudança de contexto equivale a uma mudança de interpretação e de leitura. [...] No espírito de muita gente, a fotografia está associada à ideia de documento. Quer dizer ela serve para testemunhar uma realidade, e em seguida, para lembrar a existência desta mesma realidade. ( PRIORE, 2005, p. 28- 29)
Pois bem como podemos perceber a fotografia pode ser considerada um rico documento que mostra, revela o real parado e estático, só destacando que a realidade será percebida por meio da interpretação e apreensão do contexto do qual o sujeito se depara na sua apreciação. É relevante que as interpretações que surgirá da análise da fotografia demanda de uma serie de coisas que Priore nos mostra com bastante clareza “o tempo tem aqui um papel fundamental, em particular, do ponto de vista histórico e emocional, quando a fotografia é testemunha de mudanças, de transformações físicas e materiais, de desaparecimento de coisas ou de morte de entes queridos”.( 2005, p.29)
Agora mostrarei a fotografia que utilizei neste trabalho como fonte histórica:
Fonte: Maceió – 26/09/1993. Fotógrafo – Zé Ronaldo.
Abaixo fotos mais recente desta mesma avenida que mostra as mudanças físicas( como a construção de mais prédios comerciais) e também o aumento de veículos nesta via:
REFERÊNCIAS:
CAIMI, Flávia Eloisa. Fontes Históricas na sala de aula: uma possibilidade de produção de conhecimento histórico escolar? Anos 90, Porto Alegre, v. 15, n. 28, p. 129- 150, dez. 2008.
PRIORE, Mary Del. Os registros da Memória; A fotografia como objeto de memória. In: Memória, Patrimônio e Identidade. Boletim 4 Ministério da Educação, 2005. p. 28- 32.
Outras Fontes:
http://bicicletadademaceio.blogspot.com
http://www.soalagoas.info/2011/09/maceio-e-supreendida-com-mais-um.html
http://www.alagoastempo.com.br/blogs/alan-rodrigues/286/2011/03/16/quem-foi-fernandes-lima.html
http://www.gabinetecivil.al.gov.br/institucional/ex-governadores/curriculos-govs/jose-fernandes-de-barros-lima