Esta entrevista foi um dos momentos mais marcantes para mim no 1º período na UFAl, saber a importância que os mais velhos têm na história da educação e como eles se emocionam contando suas particularidades.
Quando comecei a entrevista-lá, perguntei alguns dados importantes que foi imediatamente respondidos
pela senhora Maria Luiza da Costa. Ela nasceu na cidade de Pilar-Al no ano 1825
no dia 04 de Agosto, seus pais eram Francisco Carneiro da Costa e Josefa Camilo
de Lima. Conta-me que se lembra muito bem do dia em que começou a estudar, ela
relata que aos oito anos foi a primeira vez que foi a uma “sala de aula” , não
fez primário pois ela afirma que não existia maternal à alfabetização, onde ela
morava as crianças só iam a escola para fazer a 1ªsérie em diante. Ela relata
que tinha que ir a escola escondida de seu pai Francisco Carneiro da Costa,
pois ele não admitia que suas filhas fossem a escola, sua mãe Josefa Camilo de
Lima a arrumava logo cedo, logo após seu pai ir trabalhar na roça(Engelho
Novo), para que ela pude-se ir à escola, chegava antes que seu pai chega-se da
roça pois diz:” Se papai chega-se cedo e não encontra-se eu e minhas irmãs em
casa íamos apanhar.” Ela afirma que era uma boa aluna, mesmo indo escondida
para a escola nunca faltou uma aula. A mesma diz que a escola não era como as
escolas de hoje bem estruturadas e organizadas, a escola que ela estudava era
em uma casa velha onde se reunia algumas crianças para aprender a ler. Sua professora
não era formada em magistério e nem pedagogia, era escolhida uma mulher da
região que já soubesse mais do que os outros para ensinar as crianças. Onde ela
estudava existia vários tipos de castigos para os alunos que não decora-se a
tabuada e não tive-se uma letra bonita, conta que na época existia um tipo de
livro chamado ABC que era utilizado para aprender a ler e escrever bonito e quem
não aprendesse apanhava de palmatória, ou era ajoelhado em milho, feijão ou
pedra e muitas das vezes ela sofreu esse castigo. Os materiais que eram
utilizados pelos alunos e professores eram o “crião” (giz), caderno, “ carta do
ABC” e ela conta que não existia caneta na época. Quando ela completou 12 anos
estava na 4ª série e já sabia ler e escrever, então a professora disse que ela
não precisava estudar mais, a professora então foi na casa dela e falou com sua
mãe e disse que ela já sabia de tudo e não precisava ir mais a escola. Quando ela
completou 15 anos foi obrigada a se casar, teve seis filhos, e não pôde estudar
mais, com 24 anos ela se separou do marido, tendo que cuidar das crianças
sozinha. A mesma afirma que gostaria de ter estudado mais, mas não teve
oportunidade, pois logo cedo teve que trabalhar para sustentar seus filhos. Ela
diz também que foi muito bom ter estudado pois aprendeu muito, hoje ela afirma
que nunca precisou de alguém para ler as coisas para ela, cita” Pego o ônibus
sozinha sem precisar de ajuda de ninguém.”
Quando comecei a entrevista-lá, perguntei alguns dados importantes que foi imediatamente respondidos
pela senhora Maria Luiza da Costa. Ela nasceu na cidade de Pilar-Al no ano 1825
no dia 04 de Agosto, seus pais eram Francisco Carneiro da Costa e Josefa Camilo
de Lima. Conta-me que se lembra muito bem do dia em que começou a estudar, ela
relata que aos oito anos foi a primeira vez que foi a uma “sala de aula” , não
fez primário pois ela afirma que não existia maternal à alfabetização, onde ela
morava as crianças só iam a escola para fazer a 1ªsérie em diante. Ela relata
que tinha que ir a escola escondida de seu pai Francisco Carneiro da Costa,
pois ele não admitia que suas filhas fossem a escola, sua mãe Josefa Camilo de
Lima a arrumava logo cedo, logo após seu pai ir trabalhar na roça(Engelho
Novo), para que ela pude-se ir à escola, chegava antes que seu pai chega-se da
roça pois diz:” Se papai chega-se cedo e não encontra-se eu e minhas irmãs em
casa íamos apanhar.” Ela afirma que era uma boa aluna, mesmo indo escondida
para a escola nunca faltou uma aula. A mesma diz que a escola não era como as
escolas de hoje bem estruturadas e organizadas, a escola que ela estudava era
em uma casa velha onde se reunia algumas crianças para aprender a ler. Sua professora
não era formada em magistério e nem pedagogia, era escolhida uma mulher da
região que já soubesse mais do que os outros para ensinar as crianças. Onde ela
estudava existia vários tipos de castigos para os alunos que não decora-se a
tabuada e não tive-se uma letra bonita, conta que na época existia um tipo de
livro chamado ABC que era utilizado para aprender a ler e escrever bonito e quem
não aprendesse apanhava de palmatória, ou era ajoelhado em milho, feijão ou
pedra e muitas das vezes ela sofreu esse castigo. Os materiais que eram
utilizados pelos alunos e professores eram o “crião” (giz), caderno, “ carta do
ABC” e ela conta que não existia caneta na época. Quando ela completou 12 anos
estava na 4ª série e já sabia ler e escrever, então a professora disse que ela
não precisava estudar mais, a professora então foi na casa dela e falou com sua
mãe e disse que ela já sabia de tudo e não precisava ir mais a escola. Quando ela
completou 15 anos foi obrigada a se casar, teve seis filhos, e não pôde estudar
mais, com 24 anos ela se separou do marido, tendo que cuidar das crianças
sozinha. A mesma afirma que gostaria de ter estudado mais, mas não teve
oportunidade, pois logo cedo teve que trabalhar para sustentar seus filhos. Ela
diz também que foi muito bom ter estudado pois aprendeu muito, hoje ela afirma
que nunca precisou de alguém para ler as coisas para ela, cita” Pego o ônibus
sozinha sem precisar de ajuda de ninguém.”
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