terça-feira, 15 de novembro de 2011

Está chegando a hora!


   Soneto da separação

De repente do riso fez-se o pranto

Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.

De repente, não mais que de repente

Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.

Fez-se do amigo próximo o distante

Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.

Vinícius de Moraes

Para nós, belos momentos! As lágrimas estão chegando e o que faremos...?
Apenas chorar pelo vivido e o que virá!
Sentirei falta, na realidade sentiremos falta...

A razão por que a despedida nos dói tanto é que nossas almas estão ligadas.
Maria Angélica

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