Sempre ao seu Lado
(Hachiko: A Dog's Story)
Elenco: Richard Gere, Koji Yakusho, Joan Allen, Sarah Roemer, Jason
Alexander, Cary-Hiroyuki Tagawa, Erick Avari.
Direção: Lasse Hallström
Gênero: Drama
Duração: 93 min.
Distribuidora: Imagem Filmes
Estreia: 25 de Dezembro de 2009
Sinopse: Quando Hachiko, um filhote de cachorro da raça akita, é encontrado
perdido em uma estação de trem por Parker (Richard Gere), ambos se
identificam rapidamente. O filhote acaba conquistando todos na casa de
Parker, mas é com ele que acaba criando um profundo laço de lealdade.
Curiosidades:
» Sempre ao Seu Lado é a adaptação de um famoso conto japonês sobre um cão da
raça Akita, chamado Hachiko. Este conto tornou-se símbolo da fidelidade para
o povo japonês.
perdido em uma estação de trem por Parker (Richard Gere), ambos se
identificam rapidamente. O filhote acaba conquistando todos na casa de
Parker, mas é com ele que acaba criando um profundo laço de lealdade.
Curiosidades:
» Sempre ao Seu Lado é a adaptação de um famoso conto japonês sobre um cão da
raça Akita, chamado Hachiko. Este conto tornou-se símbolo da fidelidade para
o povo japonês.
Critíca ao filme:
Algumas vezes não é necessário muito para se ter um bom filme. Personagens
do cotidiano em situações que primam pelo comum, com uma leve pitadinha do
extraordinário, por vezes bastam para encantar e emocionar uma plateia. É o
caso de “Sempre ao Seu Lado”, que se não irá revolucionar o modo como vemos a
sétima arte, causa mais impacto junto ao público que muitos blockbusters por
aí.
Quebrando um certo paradigma de que remakes não fazem bons filmes,
este longa é a refilmagem de uma película japonesa de 1987 intitulada “Hachiko
Monogatari”, a qual, confesso, não assisti e que foi baseada em uma
história real, que ocorrera no Japão da década de 1920. Já a história desta
versão ocidental se passa nos Estados unidos durante os anos 1990. Certo dia,
em uma estação de trem, uma gaiolinha que continha um filhote da raça de cães
japonesa akita acaba caindo e libertando o seu habitante, que é encontrado (ou
encontra) pelo professor de música Parker (Richard Gere).
Após tentar em vão descobrir a quem pertencia o cão, Parker fica com o
animal, a despeito dos protestos iniciais de sua esposa, Cate (Joan Allen).
Parker vai entendendo mais sobre a natureza sui generis dos akita e
sua linhagem nobre graças a seu amigo Ken (Cary-Hiroyuki Tagawa) e descobre
que, na coleira do filhote, havia o kanji para Hachi (“oito”, em
japonês), sendo este o nome do novo companheiro do professor.
Conforme o tempo vai passando e Hachi vai crescendo, ele passa a acompanhar
Parker, por vontade própria, rumo à estação de trem, voltando para casa após a
partida do seu companheiro e estando na porta da estação novamente quando o
trem de volta deste chega. A família de Parker passa a ter o cãozinho como um
membro da família, que vê a filha de seu dono se casar e constituir seu próprio
lar. No entanto, um trágico incidente mudará o rumo da existência de Hachi, que
mostrará a todos o valor da amizade e da verdadeira lealdade.
Em sua primeira metade, a fita diverte pela interação entre Hachi e Parker,
jamais apelando para o humor barato ou situações mais extravagantes, sempre mantendo
tudo bem simples e corriqueiro, justamente para fisgar o espectador. Já o foco
da segunda parte da produção passa a ser na emoção, com Hachi roubando a cena
de seus companheiros de tela humanos. Aliás, se não fosse a habilidade dos cães
que vivem o protagonista canino do filme, este não seria tão bem sucedido.
Richard Gere se sai muito bem como Parker, se utilizando de seu carisma
natural e charme do clássico “bom-moço” para fazer sua ligação com a audiência.
Joan Allen é outro destaque do elenco, tendo uma ótima química com Gere e até
mesmo com Hachi, se entendendo muito bem com o animal em duas cenas
absolutamente tocantes. Outros nomes mais conhecidos do elenco são Jason
Alexander, o eterno George da série de TV “Seinfeld” como o bilheteiro
da estação de trem onde Parker e Hachi se encontram, e Cary-Hiroyuki Tagawa,
interpretando o amigo nipônico de Parker, Ken.
O grande trunfo do filme é a facilidade com que o público consegue se
identificar com os personagens lá mostrados. O roteiro desta adaptação foi
escrito por Stephen P. Lindsey e foca no cotidiano, no comum, na própria vida e
na convivência entre Parker e Hachi, bem como com a família do professor e seus
amigos, que ganham maior destaque a partir da segunda metade do filme. Com isso
em mente, o diretor sueco Lasse Hallström aposta em uma narrativa mais clássica
e em um visual familiar, quase uma versão mais urbana e contemporânea de um
quadro de Norman Rockwell.
O cineasta só derrapa um pouco no uso de planos subjetivos em alguns
momentos para nos mostrar as coisas do ponto de vista de Hachi e nas sequências
de passagens de tempo tremendamente artificiais, se utilizando das estações do
ano. Embora não sejam falhas muito comprometedoras, geram um ruído
desnecessário para a fita, simplesmente não casando com a estética adotada pelo
longa ou com a própria narrativa que está sendo contada.
Um ponto positivo a ser mencionado é a trilha sonora, composta por Jan A.P.
Kaczmarek, que aposta mais em sons de piano, instrumento tocado por Parker,
algo que acaba ajudando o espectador a adentrar no mundo do personagem e de
Hachi, sendo um componente emocional de incrível valia na já citada segunda
parte do filme.
“Sempre ao Seu Lado” mostra que investir em histórias cotidianas não é algo
que pode ser esquecido pelo cinema. Em tempos de grandes produções que retratam
outros planetas ou épocas passadas e futuras, é muito bom ser surpreendido por
um simples conto de amizade e lealdade como este. Um belo filme, sem dúvida.
Algumas vezes não é necessário muito para se ter um bom filme. Personagens
do cotidiano em situações que primam pelo comum, com uma leve pitadinha do
extraordinário, por vezes bastam para encantar e emocionar uma plateia. É o
caso de “Sempre ao Seu Lado”, que se não irá revolucionar o modo como vemos a
sétima arte, causa mais impacto junto ao público que muitos blockbusters por
aí.
Quebrando um certo paradigma de que remakes não fazem bons filmes,
este longa é a refilmagem de uma película japonesa de 1987 intitulada “Hachiko
Monogatari”, a qual, confesso, não assisti e que foi baseada em uma
história real, que ocorrera no Japão da década de 1920. Já a história desta
versão ocidental se passa nos Estados unidos durante os anos 1990. Certo dia,
em uma estação de trem, uma gaiolinha que continha um filhote da raça de cães
japonesa akita acaba caindo e libertando o seu habitante, que é encontrado (ou
encontra) pelo professor de música Parker (Richard Gere).
Após tentar em vão descobrir a quem pertencia o cão, Parker fica com o
animal, a despeito dos protestos iniciais de sua esposa, Cate (Joan Allen).
Parker vai entendendo mais sobre a natureza sui generis dos akita e
sua linhagem nobre graças a seu amigo Ken (Cary-Hiroyuki Tagawa) e descobre
que, na coleira do filhote, havia o kanji para Hachi (“oito”, em
japonês), sendo este o nome do novo companheiro do professor.
Conforme o tempo vai passando e Hachi vai crescendo, ele passa a acompanhar
Parker, por vontade própria, rumo à estação de trem, voltando para casa após a
partida do seu companheiro e estando na porta da estação novamente quando o
trem de volta deste chega. A família de Parker passa a ter o cãozinho como um
membro da família, que vê a filha de seu dono se casar e constituir seu próprio
lar. No entanto, um trágico incidente mudará o rumo da existência de Hachi, que
mostrará a todos o valor da amizade e da verdadeira lealdade.
Em sua primeira metade, a fita diverte pela interação entre Hachi e Parker,
jamais apelando para o humor barato ou situações mais extravagantes, sempre mantendo
tudo bem simples e corriqueiro, justamente para fisgar o espectador. Já o foco
da segunda parte da produção passa a ser na emoção, com Hachi roubando a cena
de seus companheiros de tela humanos. Aliás, se não fosse a habilidade dos cães
que vivem o protagonista canino do filme, este não seria tão bem sucedido.
Richard Gere se sai muito bem como Parker, se utilizando de seu carisma
natural e charme do clássico “bom-moço” para fazer sua ligação com a audiência.
Joan Allen é outro destaque do elenco, tendo uma ótima química com Gere e até
mesmo com Hachi, se entendendo muito bem com o animal em duas cenas
absolutamente tocantes. Outros nomes mais conhecidos do elenco são Jason
Alexander, o eterno George da série de TV “Seinfeld” como o bilheteiro
da estação de trem onde Parker e Hachi se encontram, e Cary-Hiroyuki Tagawa,
interpretando o amigo nipônico de Parker, Ken.
O grande trunfo do filme é a facilidade com que o público consegue se
identificar com os personagens lá mostrados. O roteiro desta adaptação foi
escrito por Stephen P. Lindsey e foca no cotidiano, no comum, na própria vida e
na convivência entre Parker e Hachi, bem como com a família do professor e seus
amigos, que ganham maior destaque a partir da segunda metade do filme. Com isso
em mente, o diretor sueco Lasse Hallström aposta em uma narrativa mais clássica
e em um visual familiar, quase uma versão mais urbana e contemporânea de um
quadro de Norman Rockwell.
O cineasta só derrapa um pouco no uso de planos subjetivos em alguns
momentos para nos mostrar as coisas do ponto de vista de Hachi e nas sequências
de passagens de tempo tremendamente artificiais, se utilizando das estações do
ano. Embora não sejam falhas muito comprometedoras, geram um ruído
desnecessário para a fita, simplesmente não casando com a estética adotada pelo
longa ou com a própria narrativa que está sendo contada.
Um ponto positivo a ser mencionado é a trilha sonora, composta por Jan A.P.
Kaczmarek, que aposta mais em sons de piano, instrumento tocado por Parker,
algo que acaba ajudando o espectador a adentrar no mundo do personagem e de
Hachi, sendo um componente emocional de incrível valia na já citada segunda
parte do filme.
“Sempre ao Seu Lado” mostra que investir em histórias cotidianas não é algo
que pode ser esquecido pelo cinema. Em tempos de grandes produções que retratam
outros planetas ou épocas passadas e futuras, é muito bom ser surpreendido por
um simples conto de amizade e lealdade como este. Um belo filme, sem dúvida.
MEUS COMENTÁRIOS
Esse filme tem uma forte impacto em uma cidade pequena no Japão em 1920, e
até hoje relembrada por seus moradores. Uma história facinante e encantadora. Onde
podemos ver o verdadeiro toque do amor.
Na cidade ainda hoje existe uma escultura do verdadeiro cão em frente a estação de trem para lembrar essa história e a importância que ele teve no
convívio com os moradores daquela pequena cidade.
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