Postado por Camila Silva
Neste semestre acabamos vendo e fazendo coisas bem diferentes daquilo que foi realizado em História I, nos colocamos, por vezes, no lugar dos alunos do ensno fundamental e procuramos compreender quais as melhores estratégias para eles aprenderem História. As atividades propostas na disciplina proporcionaram esta reflexão a cada coisa que produzíamos, desde o blog até o cordel.
Quero chamar atenção, aqui, para este gênero textual, pois, posto, abaixo, o cordel que produzi para ilustrar o argumento que pretendo defender neste espaço. a contextualização é uma ferramenta bastante útil para a prática docente, uma vez que tratar de acontecimentos que são distantes da realidade dos alunos é bastante complexo, em especial para o professor do ensino fundamental que lida com tantas disciplinas diferentes [desde português até matemática, passando por História, Geografia, etc.]. Partindo deste pressuposto, afirmo, então, a necessidade de buscar elementos culturais que façam parte da vida, do cotidiano dos alunos. No caso do Nordeste, um destes elementos pode ser representado pela Literatura de Cordel. Será que este tipo de literatura pode ajudar nas aulas de História? Acredito que sim, pois, à medida que o professor entende que o cordel pode chamar mais atenção de seu aluno pelos conteúdos - mesmo por aqueles conteúdos mais discrepantes de sua realidade - sua atuação muda o foco e a busca contínua pelo interesse dos alunos, em função da melhor aprendizagem, passa a ser seu ponto de partida.
Segue abaixo o cordel que produzi acerca da história do meu bairro: o Poço. Ele não é grande, mas serviu para que eu refletisse sobre o lugar que um aluno ocupa quando um professor lhe traz uma proposta de exercício, de atividade ou mesmo de trabalho ou projeto. A necessidade que eu senti de buscar outros cordéis, observar como eles são estruturados, planejar o que eu escreveria, buscar as rimas foi capaz de provocar em mim uma enorme aceitação com relação a este tipo de trabalho com os alunos do ensino fundamental. A curiosidade é um motor interessante para a aprendizagem, seja de História ou de qualquer outra área, portanto, incutir curiosidade nos alunos por meio de uma proposta de trabalho como o cordel ultrapassa o objetivo somente ligado à apreensão do conteúdo programado, chegando a desembocar em questões sociais, de usos, costumes, enfim, da cultura.
Segue o meu cordel, coloquei cada página em formato de foto para poder expor aqui...
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